segunda-feira, setembro 27, 2010

It seems so bad


Tudo está tão igual que começou a me cansar. Confio de olhos fechados, deixo a pessoa me guiar, caio de cara no chão, mas a pessoa continua. Sou obrigada a levantar-me sozinha ou com a ajuda daquela melhor amiga, e seguir em frente. Então, aparece outra pessoa, e a mesma coisa acontece. Tão chato, tão dolorido, tão cansativo. Gabriella quebra a cara, Gabriella fica mal, Gabriella escreve um texto, Gabriella tenta esquecer. Nossa, não muda. Eu sei que não dá pra confiar totalmente, mas confio, e mesmo sabendo, vou adiante. Que coisa mais ridícula.
Depois desse ciclo ridículo, infantil, cansativo, enjoativo, decido não confiar. Então, aparece outro problema. Não confio, mas e se essa pessoa for para confiar? Como eu vou saber? Ou seja, ou eu não confio e perco a pessoa, ou confio e corro o risco de quebrar a cara. Iai? Sabe qual devo escolher? Seria tão mais fácil ver as coisas de longe, e não passar por decisões difíceis.
Chegou o momento que eu cansei de sentir dor, o momento que quero fechar todas as portas, janelas, tudo, e não deixar ninguém entrar, digo isso por estar sozinha em um quarto, ouvindo música de enterro, com raiva de tudo e de todos. Mas, quando ele chega e me abraça, eu esqueço das portas fechadas, parece que elas nem existem. Cansei de segurar o choro, cansei de me matar com os pensamentos duvidosos, cansei de a cada dia tirar um pedacinho do meu coração. Nossa, que clichê, que depressivo. Mas é bem nessas mesmo. Infelizmente.
Dizem que ninguém entra em um jogo para perder, acho que dessa vez entrei pensando já na minha futura perda.

Eu só queria alguém que me fizesse parar de achar normal essa história de perder as pessoas pela vida.

Gabriella Donato

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