segunda-feira, novembro 01, 2010

Life


Cheguei a conclusão que é muito estranho viver. As coisas mudam rápido demais. A dois meses atras eu pensava na futura balada, e hoje estou completamente entregue ao meu namorado, não vejo mais graça em balada. Como, por exemplo, antes metia o pau em música sertaneja e hoje acho melhor que muita outra coisa por ai. Não pensei, nem por um minuto, que seria a primeira a saber da morte de alguém tão especial, nunca imaginei que encontraria outro alguém para me ajudar a ser feliz. São coisas da vida, sempre te pegando de surpresa. Mas sabe, eu amo viver. Amo até as coisas ruins da vida. Alguma vez você parou pra pensar como será morrer? Credo, deve ser horrível. Perder todos que você ama e até odeia de uma vez, para sempre. Sem saber para onde vai, se vai. Não terá mais aquele nervosismo antes da prova de matemática, nem terá que ouvir sempre as mesmas músicas na rádio, não brigará mais com a sua mãe, não terá mais que lidar com amizades falsas, pessoas invejosas. Mas, não sentirá o orgulho se tirar uma nota boa, não cantará mais as músicas irritantes e sem nexo, não terá mais como se resolver com a sua mãe, não terá mais amizades verdadeiras, não terá mais fãs. Não poderá mais achar o lado bom das coisas, porque não terá coisas. Não vai mais abraçar forte o seu namorado depois de passar dias sem vê-lo. Não vai mais se divertir com os seus amigos. Apesar de que não terá que acordar cedo, dormirá para sempre. Não terá mais a merda da TPM, não terá mais do que reclamar, para quem reclamar. Vendo assim, reclamar parece legal. Imagine só não escrever mais sobre aquele seu amor, ou aquela maldita desilusão sob a luz fraca do abajur na escuridão da madrugada, acompanhada do silêncio.
Podem me chamar de covarde, posso até ser covarde, mas admito, tenho medo da nossa única certeza, morrer. Sinto-me corajosa ao dormir, pois não sei se acordarei ao amanhecer. Não suporto a ideia de que um dia vou embora, e a vida continuará.Viver é tão bom, ouvir músicas, ver filmes, comer chocolate, dormir tarde, sair com os amigos, gritar quando meu time fizer gol, rir das piadas mais sem graças, chorar por causa daquele filho da puta, beijar seu namorado, brigar com putinhas, odiar pessoas mentirosas, amar sua familia, amigos e namorado. Escrever linhas e mais linhas sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo. Ver que no inicio do texto a letra estava linda, e agora quase ilegivel. Escrever por escrever. Parar de escrever sobre amor, desilusão, escrever sobre vida, que tem tudo isso e mais um pouco.

Gabriella Donato

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