sexta-feira, julho 16, 2010

Ouvir dizer que só era triste quem queria


É, acho que essa noite foi mais uma noite difícil, se é que não foi a mais difícil de toda a minha vida.
A chuva caia lá fora, e o frio cada vez mais forte me incomodava mais e mais, nenhum dos meus cobertores satisfaziam a dor que eu tava sentindo, conseguiam cessar a vontade que eu tinha de você! Aquele barulho da chuva caindo na telha, que sempre me tranqüilizou e me acalmou, dessa vez não soou como música para os meus ouvidos, pelo contrário, só me atordoou mais, me dando a vontade de sair correndo e me esconder pra sempre.
A televisão também não estava me agradando, tudo de alguma maneira me fazia lembrar você. Foram horas assim, a cama mais parecia um ninho, e já não era mais tão aconchegante como antigamente, estava me sentindo perdida.
Quando finalmente peguei no sono, já era muito tarde, e foi um sono tão pesado que mal me lembro se sonhei ou não, meu desespero era tanto, que não queria abrir os olhos, para não ter que encarar a realidade, e saber que você não estaria ao meu lado novamente. Ao acordar, a terrível sensação de vazio estava lá, firme e forte, esperando eu abrir os olhos para me atacar novamente, pra me corroer por dentro mais uma vez.
Foi ai então, que resolvi pensar com cautela e precisão, se eu realmente precisava me desesperar tanto por algo que já passou, e deveria estar enterrado agora. Eu estou enlouquecendo, e trocando os pés pelas mãos, e essa com certeza não sou eu. Eu sempre lutei por aquilo que me faz bem, por aquilo que vale a pena, e o que eu estava fazendo agora, era loucura, é a atitude de uma garota mimada, e imatura que não sabe ouvir um não, que não sabe entender que tudo acabou, e essa não sou eu.
Fiquei o dia todo pensando nisso, pensando o quanto me desgastei pra encarar a realidade, pra acordar e ver que isso não me faz bem, e que se eu me dou o mínimo de valor, não devo me desgastar e me ferir tentando arrumar um jeito de colocar as coisas no lugar, porque certas coisas são melhores assim, erradas e confusas.
Depois de tudo, acho que agora posso afirmar que foi o fim, o fim literalmente de toda essa bagunça, de toda essa confusão que eu causei, que eu ajudei a piorar e que eu não conseguia me libertar de forma alguma.
A males que vem para o bem”, não há frase que caiba melhor pra essa “fase’’ que eu vivi, porque depois de toda a dor, posso afirmar que vem a conquista, a conquista de ter se libertado, e principalmente de ter aprendido com tudo que passou. Agora eu quero pensar mais em mim, cuidar mais de mim, e mais pra frente, quem sabe um dia, viver um amor descente, um amor feito pra mim!

Créditos a Mariana Quintiéri

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